Terça, 10 de Maio de 2016 - 19:17
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), decidirá até esta quarta-feira (10) se renunciará ao cargo de primeiro-vice-presidente, após reunião com a Mesa Diretora nesta terça (9). Em caso de renúncia, novas eleições teriam que ser convocadas em até cinco sessões plenárias para que fosse preenchido o cargo do parlamentar. O deputado eleito passaria a ocupar a presidência no lugar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ao G1, o segundo-vice-presidente, deputado Giacobo (PR-PR), afirmou que, caso Maranhão não renuncie, foi oferecida a possibilidade de se afastar temporariamente do mando de deputado e do cargo por 120 dias. Segundo Giacobo, ambas as decisões são de foro pessoal e dependem exclusivamente de Maranhão, sem nenhum tipo de punição caso ele não aceite as opções. Integrantes da Mesa argumentam que Maranhão não possui legitimidade para conduzir os trabalhos da Casa, após decidir na manhã desta segunda-feira (9), sem consultar a Mesa, pela anulação da sessão que aprovou abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. À noite, Maranhão recuou e revogou a decisão. "Ele iniciou a reunião pedindo desculpas. Cada membro falou o que pensava e todos defenderam renúncia, menos Erundina [Luiza Erundina, PSOL-SP]. Depois, ele leu uma carta pronta na qual fala que tornou nula a decisão porque Senado já não a aceitou. E ficou de pensar nos pedidos de renúncia. Falou que iria acolher sugestões e disse que definiria entre hoje e amanhã", relatou o deputado suplente da Mesa, Ricardo Izar (PP-SP). De acordo com o Estadão, no entanto, em reunião com a Mesa Diretora, Maranhão afirmou que não vai renunciar ao cargo.
Fonte: Bahia Notícias
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