Segunda, 13 de Junho de 2016 - 09:50

Foto: Divulgação
A poluição atmosférica é um dos principais fatores de risco para acidentes cerebrais vasculares (AVC), principalmente países em desenvolvimento, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (11) na revista “Lancet”. De acordo com os pesquisadores, o índice onde a poluição pode ser determinante para o AVC chega a 33,7% nos países de média e baixa renda. “Ficamos surpresos em descobrir que uma proporção assombrosamente alta da “carga” dos AVCs — o número de dias perdidos por uma morte prematura e os anos de vida produtivos perdidos devido a incapacidades— podia ser atribuído à poluição atmosférica, em particular nos países em desenvolvimento”, contou o professor Valery L. Feigin, da Universidade Tecnológica de Auckland, na Austrália – líder do estudo.
A pesquisa foi realizada em 188 países entre os anos de 1990 e 2013. Ao analisar 17 fatores de risco, os cientistas descobriram que 90% da “carga” dos AVCs poderiam ser atribuídas a fatores de risco modificáveis, essencialmente fatores de risco comportamentais como o tabagismo, alimentação ruim, ou sedentarismo. Já a parte atribuível à poluição foi avaliada em 33,7% nos países com média e baixa renda, contra apenas 10,2% nos países com alta renda em 2013, mostrando um aumento crescente desde 1990. Esse resultado prova que, nos últimos 20 anos, o fator poluição aumentou consideravelmente entre os doentes.
No sul da Ásia e na África subsaariana, o índice chega a 40%, sobretudo devido à contaminação atribuída ao uso de combustíveis sólidos para aquecimento ou para cozinhar. Além da poluição, outros fatores de risco aumentaram suas proporções de causa para AVCs. O consumo de bebidas açucaradas, por exemplo, aumentou 84% e supõe um aumento de 63% do risco. Os principais fatores de risco conhecidos são: hipertensão, ausência de frutas e verduras na alimentação, consumo elevado de sal e açúcar, obesidade, sedentarismo e fumo.
Fonte: Bahia Notícias
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